Arte Brasileira no século xx
Páginas 99 a 177.
O batismo modernista
Não se sabe ao certo quando aconteceu as primeiras manifestações artísticas do movimento modernista no Brasil, porém, um fato que não se pode deixar de lado é a exposição de Anita Malfatti (1889-1964) em 1917. A artista teve a sua formação artística em Berlim a partir de 1910, quando iniciou o curso na Academia Real de Belas Artes, que teve seu olhar artístico registrado de forma própria e individual. Inicialmente teve uma repercusão positiva no Brasil, porém logo foi atacada pela crítica de Monteiro Lobato (1882-1948). Apesar do episódio a ter abalado profundamente, a crítica contra Anita chamou a atenção de intelectuais que ficariam a favor da artista, e, consequentemente, o movimento modernista brasileiro começou a ganhar força, seguida da Semana de Arte Moderna em 1922, rompendo o academismo e impedindo que aconteça condições de retorno à antiga ordem.
Entretanto, Anita não seria o único forte antecedente marcante da Semana de Arte Moderna. Em 1913, Lasar Segall (1891-1957) apresentou sua arte constituída por formas marcadas pela distorção angulada. Destacou-se também Victor Brecheret (1894-1955), representando a escultura modernista de modo hegemônico, inspirando-se um pouco na art déco e em artistas como Rodin, Maillol e Bouderlle.
Assim como Brecheret, Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) também teve seu papel no modernismo brasileiro, apesar de ter vivido a maior parte de sua vida no exterior. Era escultor e pintor que aos poucos foi deixando a índole nacionalista e assumindo um sentido universalita em suas obras, fundindo as estéticas da art déco e do cubismo de Fernand Léger. Suas obras tinham uma certa concepção originárias de antigas civilizações agrárias, com ascedência da escultura assíria e egípcia.
Di Cavalcanti também foi importante para o início do movimento modernista. Além de se destacar pelos