Arquitetura e Clima
ARQUITETURA E CLIMA
(resumo das páginas 65 a 74 do livro Manual de Conforto Térmico, de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schieffer)
CLIMA QUENTE E SECO
Neste tipo de clima suas temperaturas extremas (mínimas e máximas) são mais acentuadas, tendo então uma grande variação. Como exemplo temos Brasília onde a mínima (noturna) é de 15,4° e a máxima (diurna) de 30,7°. Pode-se perceber também que a presença de umidade no ar é pouca, e como essas partículas servem de barreira da radiação solar, o solo recebe mais radiação direta que em clima úmido, onde a presença dessas partículas é maior. Levando em consideração essas características é preciso adotar um partido arquitetônico em função da variação de temperatura apontada. A partir disso é primordial que as edificações tenham uma inércia elevada através de paredes grossas, onde ocorrerá um amortecimento do calor recebido e um atraso significativo de horas que esse calor levará para atravessas as paredes da edificação. Isto faz com que o calor só atinja o seu interior à noite, quando a temperatura externa já está em declíneo acentuado, e por isto parte deste calor será devolvido para fora, não penetrando na edificação. Outro fator a se considerar no projeto são aberturas pequenas, pois a ventilação não seria útil já que o vento externo estaria sempre ou mais frio ou mais quente que a temperatura interna, além do que serviria como proteção da radiação solar. Levando em conta ainda a proteção solar citada acima, é possível adotar no conjunto urbano soluções arquitetônicas onde as construções estejam o mais compacta possível, para fazer sombras umas às outras. No meio urbano, outra medida bastante importante é a implementação de meios naturais, como vegetação, que servirá de barreira para o vento que vêm acompanhado de poeira, e a presença de espelhos d’água, chafarizes ou outras soluções semelhantes, que traga umidificação