Arquitetura sustentável
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ARQUITETURA VERDE
‘ARQUITETURA ECOLÓGICA’
‘A única arquitetura ecológica é a que não se constrói, e o único arquiteto verde, o que renuncia a incrementar a entropia do planeta.’
Luis Fernández-Galiano
O continuado aumento dos preços do petróleo – mais impulsionados pela multiplicação da demanda do que por ocasionais crises da oferta – inaugura um período histórico de carestia energética que estimulará a economia de combustíveis e a pesquisa de fontes alternativas, convidando a reflexões novas no terreno da Arquitetura e do Urbanismo sustentáveis. Neste terreno, abre-se espaço, assim, para uma nova consciência ecológica e uma renovada ética civil.
O atual fervor pela arquitetura ecológica reproduz, fielmente, aquele dos anos 70, ainda que com algumas variações significativas. Não existe Ecologia sem Economia. Mais do que o parentesco etimológico, que situa ambas as ciências num terreno comum, e que remete os radicais logos e nomos ao compartido oikos de nossa residência na Terra, a ciência verde é inconcebível sem a ciência triste. Contempladas desde a ótica "selvagemente [fieramente] humana" da Arquitetura, a natureza habitada e o mecanismo do mercado se entrelaçam [entretejen] como o urdimento e a trama. Sem sombra de dúvida, é freqüente se abordar os temas ambientais passando na ponta dos pés pelo áspero território do cálculo monetário, voluntariamente se ignorando ou menosprezando o fato de que a maioria das decisões que configuram o mundo é tomada nessa instância. Pelo menos por esta razão, os que desejam uma arquitetura e um urbanismo sustentáveis deveriam ter sempre presente o lembrete [recordatorio] imperativo que o expert em Política [politólogo], James Carville, inseriu na agenda de campanha de Bill Clinton, durante as eleições de 1992, e que, desde então, converteu-se num áspero bordão [latiguillo] do debate americano. "É a economia,