arquitetura na economia

Gentrificação (projeto Porto Maravilha)

Ao analisar o Porto Maravilha, símbolo maior das pretensões da Prefeitura do Rio e de investidores para a cidade, e ao apresentar os movimentos cariocas de luta pela moradia e as ocupações localizadas na área portuária, podemos observar um grande processo de gentrificação nessa região. Diversas cidades no mundo também realizaram esse processo em suas zonas portuárias, tais como: Buenos Aires, Barcelona, Nova York, Roterdã. Bairros, antes abandonados, viram alvo de especulação financeira e imobiliária. Essas intervenções são emblemáticas do que se denominam processos de gentrificação de regiões urbanas.
Se por um lado o fenômeno de revitalização estimula a economia local, oferecendo novas oportunidades na área do comércio (abertura de lojas, pensões e restaurantes), por outro produz um aumento no custo de vida que atinge as camadas mais pobres.
Esses processos são criticados por alguns estudiosos do urbanismo e de planejamento urbano devido ao seu caráter excludente e privatizador. Alguns estudiosos consideram o caráter das críticas como uma promessa, argumentando que problemas urbanos não se resolvem com benevolência para com as camadas mais pobres da população e, na sua opinião, só se resolvem com alternativas que reativem e recuperem a economia do local degradado.

De acordo com a opinião dos moradores e moradoras da região que o projeto de revitalização da zona portuária, tanto o Porto Maravilha quanto o Porto Olímpico, não irão beneficiá-los. A reclamação mais comum é por não terem participado da elaboração da iniciativa, nem serem informados sobre ela. A intervenção municipal retoma inclusive a antiga política de remoção de moradia, aplicada nas favelas cariocas no século passado. Outro alvo recente são as ocupações em prédios públicos e privados, antes vazios e abandonados. O fenômeno é recente no Rio de Janeiro e, de certa forma, responde ao antigo problema de ausência de uma política habitacional para a