Arquitetura Lelé
Nascido em 10 de janeiro de 1932, Lelé entrou para a faculdade de arquitetura meio sem querer. Diziam que tinha jeito para desenho. Recém-formado, foi para a construção de Brasília, como engenheiro de obra da Superquadra 108, projeto de Oscar Niemeyer, uma das primeiras a serem construídas. Daí, não parou mais. Seus mais emblemáticos projetos são os Hospitais da Rede Sarah, construídos no centro tecnológico em Salvador: a fábrica que produzia humanidade. "O conceito de indústria entra para tornar esses hospitais uma unidade construtiva maior, facilitar a manutenção e reduzir custos. Claro que o resultado disso é um avanço tecnológico, mas que acima de tudo tem de ser humano, para que essas práticas terapêuticas possam ser eficientes", nos contou em entrevista (AU 175). A opção pela industrialização também tinha um viés social. "A proposta de industrialização com argamassa armada sempre foi feita com o objetivo de não criar desemprego", explica, contando da experiência em Abadiânia, interior de Goiás, onde aplicou uma proposta de qualificação em uma comunidade carente. "E aquelas pessoas entenderam um processo lúdico de montagem", lembrou. Proposta de Lelé para o Minha Casa Minha Vida (AU 208), para a urbanização de Pernambués, em Salvador, uma área de encosta. O projeto propunha ocupação mista de apartamentos e casas com construção em estrutura metálica com argamassa armada O planejamento para a urbanização de Pernambués (AU 208) incluía edifícios como creches e escolas - no croqui, estudo de conforto térmico para a escola proposta por Lelé
No centro tecnológico, Lelé era arquiteto, conselheiro, gerente,