Arquitetura Italiana
RIO GRANDE DO SUL (CXXI)
CAMINHOS DE INTEGRAÇÃO
Muito mais se poderia dizer sobre os enfrentamentos entre índios e imigrantes Ou, melhor dito, as dificuldades de convivência com os demais grupos étnicos, presentes no território gaúcho desde a chegada dos portugueses e dos africanos, a partir do século
XIX com a vida dos imigrantes europeus, a começar com os alemães e italianos.
Tudo indica que há um só caminho pacífico, o da integração. Todos os povos que chegaram depois do descobrimento passaram a fazer parte da história do Brasil. Mas o importante é não esquecer que essa história não começou com a chegada de Pedro
Álvares Cabral, muito menos com a vinda dos imigrantes. Ela começou, segundo os antropólogos, há cinco mil anos, com a presença dos povos indígenas. Esse longo capítulo, anterior ao descobrimento, precisa ser levado em consideração através do reconhecimento dos direitos e da herança cultural dos primeiros habitantes. A começar pelo direito de ocuparem áreas para viverem dignamente e de terem acesso à cultura através da escola em todos os graus.
O processo de integração não acontece de repente. Os caminhos são difíceis.
Dependendo do grau de diferenças culturais e da boa vontade dos grupos étnicos em jogo, pode levar dezenas de anos ou séculos. Os países europeus, por exemplo, foram constituídos pela integração de vários povos. Por exemplo, a Espanha mantém uma distinção muito clara, em língua e costumes, entre espanhóis, catalães, bascos e galegos. Quando se fala da França se pensa numa unidade, mas há notáveis e históricas diversidades entre bretões, provençais, normandos, entre outros. Mesmo a
Itália, unificada em 1870, continua sem ter resolvido conflitos internos, especialmente entre o norte e o sul.
O primeiro e indispensável passo rumo a integração se dá pela superação dos preconceitos. No Rio Grande do Sul o processo de integração, em linhas gerais, ficou facilitado pelo fato de que os