Arquitetura Ferroviaria
Arquitetura Ferroviária: A construção de uma linguagem O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento do transporte ferroviário, cujo impacto alterou definitivamente as relações tempo-espaço inaugurando, juntamente com o desenvolvimento fabril, a chamada “Era Industrial”.
De todos os estabelecimentos ferroviários envolvidos para o seu funcionamento, como pontes, viadutos, túneis, etc., os edifícios que compunham a estação foram os principais, senão os únicos que possibilitaram o desenvolvimento de uma expressão propriamente arquitetônica. Por se tratar de uma gênero inédito em arquitetura, as estações ferroviárias se constituíram em um campo vasto de experimentação e tiveram, nos engenheiros franceses, a iniciativa de desenvolvimento de uma reflexão fundamental sobre a distribuição e a expressão arquitetônica (Mignot, 1983). Em termos de distribuição e agenciamento de espaços, a questão da organização de fluxos – de trens, passageiros, bagagens e funcionários – era central.
Estação de Crown Street
Segundo Mignot, o tipo elementar utilizado nas estações, teve sua origem em 1830, na estação Crown Street em Liverpool. Esta foi a primeira estação de Liverpool à
Manchester, e inaugurou o início efetivo do transporte ferroviário. Apresentava-se como um simples edifício retangular, como bilheteria, salas de espera e a do chefe da estação, margeando as vias férreas cobertas por uma estrutura metálica.
Estação de Euston
Hall de Plataformas da Estação de St. Pancras
Essas primeiras soluções inglesas passaram a ser estudadas atentamente entre os engenheiros de outros países, destacando-se os franceses e os alemães.
Estação de Chester
Entretanto, em um primeiro momento, as estações ferroviárias eram constituídas segundo uma experimentação empregada em outros tipos arquitetônicos já consolidados. A busca por uma linguagem própria às construções ferroviárias