ARQUITETURA DA GRAMÁTICA
O capítulo em estudo se propõe a realizar um histórico dos conceitos gramaticais, as inovações e os refinamentos feitos pelos gerativistas. Neste sentido, convém salientar que uma análise das relações gramaticais exige tradicionalmente as funções de sujeito e predicado, e também e sujeito, verbo, complemento e adjunto. No tocante aos conceitos de sujeito e predicado, são eles tão antigos quanto à conceituação de gramática, remontando a Aristóteles. Assim, essa análise conceitual passa pela Antiguidade Clássica, com as categorias substantivas, nomes e verbos, sendo concebidas independentemente, segue pela contribuição estruturalista, com a descoberta de categorias intermediárias entre a palavra e a sentença, chegando à Lógica fregeana, com abandono dos constituintes proposicionais aristotélicos e eliminação da assimetria entre sujeito e complemento. Por fim, chega-se à nova conceituação elaborada pela gramática gerativa. De outra banda, são analisadas as relações gramaticais de predicação, com enfoque nos verbos de ligação, as relações de complementação, em oposição à noção de sujeito, e a relação de adjunção, com a noção de que as sentenças podem ser expandidas por constituintes que são adjuntos, ausentes as propriedades de argumento. Também houve citação da área da sentença que fica à esquerda do sujeito, denominada periferia esquerda, correspondente a um lugar especial para onde a sentença se expande. Há a possibilidade de conter constituintes adverbiais, e, ademais, constituintes que desempenham duas outras funções: função discursiva de codificar o tópico ou o foco da sentença, e a função gramatical de possibilitar o encaixe de uma sentença em outra.