Arquitetura artigos A Arquitetura como Instrumento de Inclus o SocialA Arquitetura como Instrumento de Inclus o Social

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Os progressos da medicina têm permitido que cada vez mais pessoas tenham a vida prolongada, acarretando uma profunda mudança no perfil demográfico da sociedade brasileira: pessoas idosas representam, hoje, uma significativa parcela da população. Todavia, mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico, dificilmente se poderá acabar com todas as disfunções orgânicas decorrentes do envelhecimento. Com o avançar da idade, o tempo de permanência e uso da habitação tornam­se cada vez mais intensos; ao mesmo tempo, as pessoas mais velhas continuam tendo a necessidade de participar em convívio social a que estão habituadas. Seu isolamento, sob qualquer ótica, é pernicioso, sendo responsável, muitas vezes, por quadros de depressão, desesperança e dependência facilmente verificáveis em núcleos destinados a abrigar idosos.
O desejo máximo do brasileiro está na aquisição da casa própria, bem maior que as pessoas almejam e, na grande parte dos casos, o de maior valor que adquirem ao longo da vida. Em vista disso, é o bem que requer mais tempo e esforço para ser adquirido e, portanto, a satisfação com esse “produto” deveria ser total. Porém, não é assim que acontece, na grande maioria das vezes essa aquisição é baseada no custo, ficando os aspectos de qualidade, durabilidade, adequabilidade e conforto relegados a segundo plano.
É característica do brasileiro considerar a casa para a vida toda, principalmente entre os idosos, que têm pouca opção de mudança. A idade avançada traz consigo um vínculo muito forte com a moradia, principalmente quando não se tem perspectiva de aquisição de outro imóvel.
No Brasil, país com sérios problemas de distribuição de renda, a maioria da população tem baixos rendimentos, o que gera uma violência urbana bastante acentuada. As classes sociais mais baixas são as maiores vítimas dessa violência que, muitas vezes, resulta em limitações físicas graves, principalmente nos adolescentes e jovens adultos. Também as classes menos

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