Arquiteta
Nos últimos anos tem-se desenvolvido entre a população dos meios urbanos, o mito de que as árvores são maioritariamente as responsáveis pelas reações alérgicas, sentidas nesta época do ano, conhecidas por “alergias primaveris”.
É do conhecimento geral que as plantas precisam de sol, água, calor e dióxido de carbono para florescerem. Nos últimos anos, devido ao aquecimento global, estas têm recebido quantidades extras dos dois últimos ingredientes o que tem aumentado, em grande escala, a produção da flor, o que resulta em muito mais pólenes a flutuar no ar. Por outro lado, a sempre presente e crescente poluição, ajuda no transporte do pólen e na sua absorção pelos nossos corpos
Todas as espécies vegetais produzem nesta época (Março-Abril-Maio) floração ou inflorescências, que por sua vez lançam pólenes no ar.
No entanto e de acordo com vários estudos científicos, neste período do ano (duração de 2 a 3 semanas), muitas espécies vegetais comuns no nosso país são responsáveis pela produção de pólenes contendo agentes alergénicos. Muitas dessas plantas até são pouco visíveis e não são do conhecimento geral da população.
Muitos desses pólenes são transportados de zonas da envolvente à cidade, a quilómetros de distância e transportados pelo vento, que devido às temperaturas mais elevadas nos meios urbanos, se mantêm em suspensão por um período de tempo mais prolongado em relação ao meio rural (são exemplo disso as gramíneas).
Ou seja nesta época do ano encontram-se em fase de floração e em simultâneo várias espécies vegetais, muito comuns e que contêm alergénios abaixo indicadas:
Azinheira
Bétula
Castanheiro
Cipreste
Eucalipto
Oliveira
Palmeira
Plátano
Urtiga
Gramíneas1
Quenopodiáceas 2
Crucíferas 3
1
Gramíneas – trigo, centeio, cevada, aveia, arroz, sorgo, milho, cana-de-açúcar;
- relva, grama e a maior parte das infestantes (“ervas”), presentes nos pastos no campos de cultivo e nas zonas urbanas nos locais