Arco elétrico na industria petroquimica
Edição 37, Fevereiro de 2009
Por David D. Shipp, William S. Vilcheck, Frank J. Angelini e Luiz Felipe O. Costa
"Arc-flash": uma abordagem prática para análise e redução dos riscos associados à ocorrência de um arco elétrico em conjuntos de manobra e controle de baixa e média tensão.
A indústria petroquímica, como tantos outros segmentos produtivos, utiliza, em suas instalações elétricas, conjuntos de manobra e controle (CDC), tais como Centros de Controle de Motores (CCM) e Centros de Distribuição de Cargas (CDC), tanto em baixa tensão (BT) quanto em média tensão (MT), para suprir as necessidades de distribuição e controle de energia elétrica em seus parques industriais. Estes equipamentos se encontram, muitas vezes, instalados em barras do sistema elétrico onde estão presentes pontos com altos níveis de energia associados às descargas por arco elétrico. Em face disso, as etapas relativas ao projeto, à instalação, ao comissionamento, à operação e à manutenção dos equipamentos requerem cuidados especiais relativos à segurança humana e patrimonial.
Muitos setores já reconhecem a real importância da identificação e da prevenção dos riscos associados à ocorrência de arcos elétricos e, por conta disso, vêem, não somente, a necessidade de se quantificar os níveis existentes de energia incidente no ponto da instalação, como também de estabelecer programas de segurança com uso de etiquetas informativas dos valores de energia e requisitos específicos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para realização de trabalho de intervenção. Porém, muitas vezes, os valores encontrados mostram-se incompatíveis com condições seguras de trabalho. Em outras palavras, a abordagem do problema não se encerra simplesmente com o fim do cálculo da energia incidente e a conseqüente categoria de risco em que se devem enquadrar os requisitos de um EPI.
Primeiramente, é fundamental se identificar os níveis reais de energia disponível