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No capítulo 2 foram apresentados conceitos relativos à estabilidade inicial de uma embarcação, que consistia na determinação do valor de GM e do braço de endireitamento para pequenos ângulos.
Para pequenos ângulos de banda, a posição do metacentro podia ser considerada fixa e o braço de endireitamentoficava dado por: .
E se os ângulos de banda não forem pequenos? Nesta seção, estudar-se-á o problema mais a fundo, com a determinação do momento restaurador para todos os ângulos de banda, quando a movimentação do metacentro é suficientemente grande para não poder ser desprezada. Esse cálculo foi feito analiticamente no capítulo 2, para uma embarcação que possuia costados verticais. O que se pretende agora é discutir o problema real.
É prática usual a separação do problema de estabilidade em longitudinal e transversal, já que no caso de navios algumas aproximações fazem o problema de estabilidade longitudinal mais simples. Em se tratando de plataformas, o mesmo não acontece. As rigezas à rotações no sentido longitudinal e transversal são praticamente iguais, ainda assim a separação dos problemas permite um tratamento simplificado.
4.1 Curvas Cruzadas de Estabilidade
Considere a seção do navio apresentada na figura 4.1. O navio flutuava em equilíbrio na linha d'água WL. Devido a um vento lateral passa a operar com banda. O centro de carena se desloca longitudinal e transversalmente. O deslocamento longitudinal ocorre devido a não igualdade das formas de carena da proa e da popa. Esse deslocamento longitudinal é pequeno e, por ora, será desprezado. Deseja-se determinar a nova posição transversal do centro de carena, de tal modo a obter o braço de restauração e determinar o momento restaurador transversal.
Note-se que só é necessário o conhecimento da distância transversal horizontal (em relação a nova linha d'água W1L1) do centro de carena ao CG. Não tem interesse prático a posição vertical do centro de carena já