Aranhas
No Brasil, existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. Os acidentes causados por Lycosa
(aranha-da-grama), bastante freqüentes, e pelas
Megalomorphae (caranguejeiras), muito temidas, são destituídos de maior importância.
Foram registrados, no CCI de Ribeirão Preto, e atendidos na Unidade de Emergência do HCFMRPUSP pelas equipes de Clínica Médica e Pediatria, durante o período de 1994 a 2002, 7191 acidentes causados por animais peçonhentos, dos quais 383 (5,32%) por aranhas, assim distribuídos:
Phoneutria 126 32,9% Lycosa 23 6,0% Loxoceles 8 2,1% Megalomorphae 11 2,8% Não Identificadas 215 56,1%
ACIDENTES POR ARANHAS DO GÊNERO
PHONEUTRIA
As aranhas do gênero Phoneutria são conhecidas pelo nome popular de “armadeiras”, devido à posição que assumem, quando se encontram em perigo, erguendo as patas dianteiras e apoiando-se nas traseiras, apresentando comportamento agressivo ao enfrentarem seus inimigos.
São as responsáveis pelo maior número de acidentes no Estado de São Paulo, porém, embora produzam veneno potente, raramente ocasionam acidentes graves. Os acidentes ocorrem, freqüentemente, dentro das residências e nas suas proximidades, ao se lidar com materiais de construção, entulhos, lenha, cachos de banana, caixotes de frutas.
Estudos experimentais demonstraram que o veneno atua basicamente sobre os canais de sódio, induzindo despolarização das fibras musculares e de terminações nervosas, sensitivas e motoras do sistema nervoso autônomo, ocasionando liberação de catecolaminas e acetilcolina.
As picadas ocorre mais freqüentemente nas extremidades dos membros, não evoluindo a lesão para necrose. De acordo com a gravidade, os acidentes podem se classificar em leves, moderados ou graves, sendo estes