Aranhas
As aranhas pertencem ao filo Arthropoda, mais especificamente à classe Arachnida e a ordem Araneae. O grupo é caracterizado por apresentar exoesqueleto (um esqueleto externo resistente à dessecação), compartimentalização do corpo em cefalotórax (prossoma) e abdome (opistossoma) e a produção e uso da seda.
Consistem em um grupo diverso, habitando desde ecossistemas terrestres até mesmo a aquáticos, com aproximadamente 40 mil espécies descritas (Ruppert et al., 2005). Todas as aranhas são carnívoras, se alimentando principalmente de insetos. São solitárias na sua grande maioria, mas há espécies que apresentam o hábito social desenvolvido (Campón, 2007). A seda não é característica exclusiva das aranhas, pois é encontrada na construção de casulos de borboletas e mariposas. Entretanto a presença de fiandeiras, estruturas em que se localizam as glândulas sericígenas (responsáveis pela produção da seda), é característica exclusiva das aranhas. A utilização de seda pode ser usada na predação, na reprodução como também em alguns casos na dispersão para novos ambientes. A reprodução é realizada por transferência indireta de esperma, onde os machos utilizam os seus pedipalpos modificados (segundo par de apêndices) para transferir os espermatozoides para a fêmea. A fêmea então deposita seus ovos que são armazenados em uma ooteca (várias camadas de seda utilizadas para revestir um grande número de ovos), que pode ser carregada pela fiandeira da fêmea ou presa e escondida na própria teia. Em alguns casos, a fêmea pode cuidar de sua prole, até mesmo transportando-os no seu dorso. A duração da vida varia entre as espécies, levando geralmente de 1 a 2 anos, sendo que algumas espécies de caranguejeiras foram mantidas em cativeiro por 25 anos (Ruppert et al., 2005).
Outra característica exclusiva das aranhas é a presença de glândulas de veneno associada às quelíceras (estruturas em formato de pinça presentes no cefalotórax, sendo consideradas o primeiro par de apêndices).