Aps 2014 carrasco 1
Para nós farmacêuticos a fitoterapia pode atender várias demandas da saúde da população, desde que abranja às exigências de controle de qualidade na produção e processamento das plantas, garantindo a eficácia e segurança aos usuários.
As ações terapêuticas das plantas são decorrentes da presença de princípios ativos. Esses princípios ativos das plantas são moléculas chamadas de fitofármacos. Alguns medicamentos são preparados diretamente com esses fitofármacos, que são extraídos e purificados das plantas. Os custos para a obtenção dos fitofármacos são altos e, por isto, eles são preparados quase exclusivamente por grandes empresas farmacêuticas.
Já os fitoterápicos são medicamentos preparados com plantas medicinais, nos quais o princípio ativo encontra-se agregado a outras substâncias, da própria planta. Eles são constituídos pelos chás medicinais e os extratos. O custo para a preparação desses produtos é bem menor que os fitofármacos e, por isto, a Organização Mundial da Saúde incentiva o seu desenvolvimento.
O aumento do consumo de fitoterápicos pode ser associado ao fato de que as pessoas têm questionado os perigos do uso abusivo e irracional de produtos farmacêuticos que não sejam de origem natural, procurando substituí-los por práticas alternativas, como o uso de plantas medicinais. A comprovação da ação terapêutica também favorece essa dinâmica. Além disso, registra-se a insatisfação da população perante o sistema de saúde e também a necessidade de poder controlar o próprio corpo, assumindo essas práticas alternativas de promoção, prevenção e recuperação da saúde.
O uso de plantas medicinais não pode mais ser considerado apenas como cultura de povos ou tradição, mas como ciência que vem sendo estudada, aperfeiçoada e utilizada por grande parte da população mundial, como terapia alternativa, a qual pode trazer inúmeros benefícios aos usuários.