Aprendizagem
É fato que a aprendizagem inicia-se com a capacidade de identificação de objetos, símbolos e sons e prossegue, imediatamente, com o desenvolvimento da linguagem.
Segundo Pollack (1997):
“Pelo menos alguns dos genes humanos que participam da criação da linguagem devem ser ativos na formação e no funcionamento de um pequeno setor do cérebro humano batizado em homenagem ao cientista Paul Broca; as estruturas dessa região estão intimamente relacionadas à capacidade de falar e compreender um idioma, e próximas de estruturas responsáveis pelos movimentos repetitivos de braços e dedos.” (Pág. 155)
A partir do mecanismo mencionado por Pollack, pessoas que não conseguem se comunicar através da linguagem falada desenvolvem a capacidade de comunicação através de gestos. O alfabeto dos surdos-mudos é uma segunda maneira de promover a comunicação nesta categoria de pessoas. Por outro lado, uma lesão na região de Broca pode fazer com que ambas as capacidades sejam atingidas e, conseqüentemente, destrua o mecanismo de comunicação do afetado.
A importância dos neurônios-espelho é tal que o renomado especialista em anomalias cerebrais Vilayanur Ramachandran (Centro de Pesquisas Cerebrais e Cognitivas da Universidade da Califórnia) atribui que a falha desse sistema está relacionada diretamente à origem de alguns sintomas principais do autismo (como os relacionados à interação social).
Voltando à questão da linguagem, esse desenvolvimento através do aprendizado do idioma visa a alcançar o conhecimento da cultura na qual cada um de nós está inserido e, dessa maneira, sistematizar o processo formal de aprendizagem.
A compreensão e interiorização da cultura em que cada um está inserido é o pressuposto fundamental da aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1978), todas as funções psicológicas superiores são geradas na cultura da nossa aprendizagem e respondem não só a um desenho genético, mas principalmente a um desenho cultural. Assim, em observação ao nosso