Aprender e ensinar com textos de alunos & aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos
APRENDER E ENSINAR COM TEXTOS DE ALUNOS
APRENDER E ENSINAR COM TEXTOS DIDÁTICOS E PARADIDÁTICOS
Andressa S. Garcia
CHIAPIINI, Lígia. Aprender e ensinar com textos de alunos. Vol. 1. São Paulo: Cortez, 2004.
Este livro faz parte de uma pesquisa realizada nas instituições de rede estadual e municipal de São Paulo, cujo título era “A circulação dos textos na escola”. Através desta pesquisa, pode-se constatar a dificuldade de a escola trabalhar a linguagem e o quanto esta pode ser invisível mesmo para aqueles que lidam com ela o tempo todo e se propõem a fazer um trabalho dialógico. Assim, pode-se perceber que a maioria dos professores tem a concepção da linguagem como instrumental. Percebe-se que nas escolas, o processo de ensinar centra-se na transmissão de conhecimentos, ou seja, uma concepção puramente tradicional, em que esta transmissão se dá exclusivamente pelo professor. Porém, ensinar é criar espaços para fazer valerem os saberes silenciados para confrontá-los com os conhecimentos sistemáticos. De acordo com a pesquisa, pensar no texto como unidade de ensino/aprendizagem é entendê-lo como um lugar de entrada para o diálogo com outros textos. Conceber o aluno como produtor de textos é concebê-lo como participante ativo deste diálogo contínuo com textos e leitores. No trabalho com a oralidade e escrita em sala de aula, percebe-se que na prática pedagógica a predominância da oralidade decorre nas situações de interação social e emerge na sala de aula de maneira informal. A oralidade se faz presente por meio do discurso do professor e alunos, seja em aulas expositivas, debates, seminários, discussões, ou seja, de forma sistematizada. Já na questão da cópia e do ditado, as duas revelam que a escrita serve apenas para “preenchimento de tempo”, na verdade produz o resultado de que a copia é uma forma de mecanizar atitudes diante da escrita. A concepção de ensino da língua nas instituições analisadas costuma