Aprendendo o Tempo
Mateus Quevedo2
Carol Casali3
RESUMO
O presente artigo procura se aproximar do Tempo a fim de dissecá-lo de maneira subjetiva e transdisciplinar. Para apresentação do Tempo foi usado a teoria semiótica de Pierce quando da primeiridade, secundidade e terceiridade na produção de sentidos do signo. Para exemplificar os conceitos piercianos serão usados as percepções de presente, passado e futuro.
Palavras-chave: Tempo; Pierce; Agora; Antes; Depois.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho nasce de uma concepção transdisciplinar do tempo. O método transdisciplinar do fazer entender tem sua origem no teorema de Gödel, autor que, em 1931, propôs distinguir vários níveis de realidade, e não apenas um nível, como entende o dogma da lógica clássica. Assim a própria produção de sentido precisa ser vista deste prisma trans. O sufixo trans tem origem grega, significando ir além, assim o entender transdisciplinar extrapola o conhecimento de uma área especifica e o estende a diversas outras áreas do saber. Para o físico teórico Basarad Nicolescu a transdiciplinariedade “é uma forma de ser, saber e abordar, atravessando as fronteiras epistemológicas de cada ciência, praticando o diálogo dos saberes sem perder de vista a diversidade e a preservação da vida no planeta, construindo um texto contextualizado e personalizado de leitura dos fenômenos” (apud THEOPHILO, 1994, s/p). Deste pressuposto nasce a ideia de que o objeto de análise deste texto, o Tempo, é transdisciplinar, uma vez que diversas áreas do conhecimento humano tentam através dele próprio compreender sua imensidão. Presumindo que a necessidade do homem em compreender o Tempo sentido é, não só um processo natural, mas também, social, devido ao fato de que o homem organizou seu tempo para a socialização. Sobre isto, Silva (2010) expõe uma dificuldade quando se discute o tema:
A cisão entre as noções de natureza e sociedade provoca o erro de