Apreciação crítica do filme tempos modernos - charles chaplin
Tempos Modernos é bem antigo foi, produzido no ano de 1936, com uma linguagem antiga e trata de um tema muito atual para a época do filme. Nenhuma questão relevante passou despercebida à inteligência crítica de Charles Chaplin, que em 87 minutos sintetizou a agonia da classe trabalhadora. A produção do filme é bem simples e o filme conta com recursos disponíveis na época para retratar um tema da época.
O filme inicia mostrando ao fundo um grande relógio, o símbolo maior dos Tempos Modernos. Tempo é dinheiro e reside aí o espírito do capitalismo. Um passo à frente tem um rebanho de gado-gente, correndo desesperado para o abatedouro- fábrica. Chaplin não esconde sua visão da bestialidade humana. Gente que se submete a viver amontoada, sem propósito, como gado domesticado. Mais do que o Capitalismo critica profundamente a Sociedade Industrial, seu ritmo alucinante, a falta de qualidade de vida e seus propósitos irracionais. Evidencia que a velocidade da máquina não pode ser a velocidade do ser humano, sob pena de não termos mais seres humanos, apenas bestas humanas.
Não muito diferente do que vemos hoje, rodeados por máquinas, computadores, gravatas e sapatos apertados, correria e mais correria. Muitas vezes o empresário sendo injusto com o trabalhador, que recebe pouco e trabalha muito.
O relógio, as pessoas caminhando como gado, já seriam elementos suficientes para analisarmos com mais consciência o sistema de vida proporcionado pela visão industrial-capitalista. Mas, ele aprofunda ainda mais esta sua crítica ao abordar, com detalhes, a questão da Linha de Montagem e suas seqüelas desastrosas na psique humana.
O esforço humano em trabalhar como um relógio, dentro de um sistema de repetição mecânica, contínua e cronometrada, acaba por levar a pessoa a ficar com sérios problemas neurológicos e psicológicos. Os mais fortes acabam sobrevivendo como se fossem máquinas, em um cotidiano sem esperança, criatividade ou