Apple
Na década de 1980 criou o Apple II, um computador pessoal realmente usável, simples, que não requeria conhecimento de eletrônica e informática. Além deste, como se já não fosse suficiente, inventou gadgets revolucionários como o iPad, o iPhone e o iPod. Cada um, à sua maneira, transformou o mercado, ditou tendências, criou nichos e necessidades. Sem falar em programas como o iTunes.
Essas inovações da empresa de Jobs (dentre outras) o colocam como um dos maiores empresários da história. Em décadas ainda estaremos ouvindo falar dele, de como suas invenções foram revolucionárias, como transformaram o mundo. Sua genialidade e criatividade ainda será pauta de livros de administração e os casos estudados em salas de aula mundo afora.
Parece que os anos 2000 tiveram seu Henry Ford. O modelo T da empresa que leva seu nome foi fundamental na popularização do automóvel e moldou a sociedade do século 20. Como Ford, Jobs também oferecia poucas opções ao seu consumidor. Se nós podíamos escolher qualquer cor de carro desde que fosse preta, as invenções da Apple também primavam pela restrição de modelos e cores.
Mas as semelhanças param aí. O sonho de Ford era que seus funcionários pudessem comprar os carros que fabricavam. A Apple sempre fez questão que seus produtos simbolizassem status, diferenciação. Se os trabalhadores de Henry Ford podem comprar o carro, os da Apple são submetidos a jornadas de trabalho que lembram escravidão. Não são raros os suicídios na fábrica chinesa que produz estes caros e exclusivos gadgets.
Reportagens abundam sobre as condições de vida e de trabalho desses funcionários, que, não raro, passam o dia em completo silêncio por falta do que falar. Sem vida cotidiana, sem assunto,