Apostila curso estatistica
Biologia da Conservação
Material de Apoio
Parte 1: Estatística e interpretação de dados
Parte 2: Guia para execução das análises estatísticas
Nazaré Paulista – São Paulo
Outubro/ 2007
PARTE 1
ESTATÍSTICA E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Paulo De Marco Junior
Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Goiás
Adriano Pereira Paglia
Analista de Biodiversidade- Conservação International do Brasil
INTRODUÇÃO
O objetivo deste texto não é, nem de longe, ser um manual completo para guiar as suas atividades na área da análise de dados. Antes, deseja-se apresentar algumas idéias interessantes que possam desafiar a vontade de ser mais eficiente no uso destas ferramentas.
A ênfase aqui é demonstrar que todos os testes estatísticos mantêm a mesma estrutura lógica e, portanto, podem ser facilmente entendidos.
POR QUE USAR ESTATÍSTICA
Considere o seguinte experimento: um pesquisador está interessado em avaliar o status de conservação de duas espécies filogeneticamente próximas. Tendo recursos limitados para ser gasto no manejo destas populações, ele considera a possibilidade de medir sua variabilidade populacional natural para escolher com qual delas vai gastar seus recursos. Aquela mais variável deve ser, a longo prazo, mais ameaçada de extinção por estocasticidade demográfica.
O pesquisador escolhe utilizar estimativas do tamanho destas populações nos últimos 5 anos e encontra que a população A é mais variável que a B. Existe uma pergunta que gera toda a necessidade de serem utilizados métodos estatísticos: se outro pesquisador repetisse o experimento, qual a probabilidade de encontrar os mesmos resultados, a mesma conclusão?
Tratando-se de fenômenos biológicos, cuja natureza está ligada a múltiplas causas de variação, é possível que os resultados particulares observados não sejam repetidos. Isto quer dizer que suas conclusões podem ser falsas. Todo e qualquer problema para o qual a pergunta do final do