Apostila 2012
Uma língua não é falada de maneira idêntica pelos seus usuários. Não sendo uniforme, podemos observar inúmeras variações se compararmos, por exemplo, a expressão de gaúchos, pernambucanos, cariocas, mineiros e paulistas. Essas variações são, entre outras, principalmente de natureza fonética (os famosos sotaques), lexicais (palavras próprias de determinado grupo ou região) e sintáticas (ordem das palavras, regência, concordância etc.). Além das variações regionais, a língua varia conforme a época, a classe social, o nível de instrução, a faixa etária, a situação de comunicação etc. Essas variações são decorrentes:
a) do falante: variação relacionada à região onde se nasce, ao meio social em que se é criado ou se vive, à profissão, à faixa etária e ao momento histórico. Tp 5
b) da situação: variação que ocorre em função do interlocutor (que emite a mensagem), do tipo de mensagem e do momento ou contexto. Tp 6
Assim, temos diversas formas de expressar a linguagem, que passa a ter, na sua forma oral e escrita, observando diversos graus de formalidade, do mais informal ao mais formal. A forma que a linguagem se apresenta é um registro que marca a variação linguística condicionada pelo grau de formalidade existente na situação em que se dá o ato da fala, ou da finalidade no ato da escrita.
Da criação de textos mais informais, ou formais conforme o caso, temos as variações lingüísticas muito comuns denominadas jargões e gírias.
A gíria e o jargão são códigos lingüísticos próprios de um grupo sociocultural ou profissional com vocabulário especial, difícil de compreender ou incompreensível para os não iniciados.
Outra variante é o calão (ou baixo calão), que é uma realização linguística caracterizada pelo uso de termos baixos, grosseiros ou obscenos, que, dependendo do contexto, muitas vezes chocam pela falta de decoro e desvalorizam socialmente aqueles que o empregam.
A variação da língua que chamamos de culta ou padrão é a língua veiculada nos