Apoptose
INSTRUÇÕES DE LEITURA: Tenha a mente aberta ao ler a história.
INTRODUÇÃO:
Meu nome é Célmar. Estou no meu leito de morte... E adivinhe o porquê? Sou uma célula tumoral, rejeitada pela sociedade de Corpópolis, localizada no interior do deus Corpeus, que é onde eu moro. Não nasci assim, mas é isso que eu sou agora, e morrerei por isso. Não sei exatamente minha função, mas me tratam como se eu fosse um monstro. Nunca tive más intenções... Irei contar para vocês como eu tive que morrer. Dirão todos que foi suicídio. No fundo, foi. Mas também sofri muito. Inicialmente, falarei de forma breve sobre o começo da minha vida e como eu me transformei nesse monstro, e depois, contarei a vocês como foi o meu último dia de vida.
MEU NASCIMENTO E TRANSFORMAÇÃO: Nasci há pouco tempo, da divisão celular de meu irmão gêmeo... Ou será que ele que surgiu de mim? Vivia como uma célula normal, no semideus Inthestinus, localizado dentro de Corpeus. Certa vez, enquanto servia ao semideus, avistei o famoso Ramna, o mensageiro divino de Corpeus. Já ouvira falar muito dele, que entrava em nosso citoplasma, fazia muitas cócegas e retirava informações de nosso DNA. Tudo isso em prol da paz interior de Corpeus. Quando Ramna se aproximou, deixei-o entrar. Estava muito empolgado, pois aquela seria a primeira vez que eu me sentiria uma célula importante. Poucos instantes após a sua entrada, o sentimento de euforia foi tomado por uma dor insana. O que seria aquilo? E as cócegas de Ramna, onde estavam? Só senti uma dor que estremecera desde meu núcleo até minha membrana plasmática. A expressão gênica tinha dado errado. Ramna, sem querer, havia feito eu sofrer mutação! Meu DNA havia sido lesionado! Eu era um mutante agora! Me transformara em uma célula tumoral, que era uma ameaça para a vida em Corpópolis e até mesmo para Corpeus, que a todos abrigava. Passaram a me tratar como um monstro... Meus dias estavam contados.
MEU ÚLTIMO DIA DE