Aplicação da web semântica
O advento da Web 2.0 trouxe aos usuários uma melhor forma de comunicação e interação, popularizando ainda mais o acesso a Internet e incentivando tanto a colaboração intelectual quanto de recursos por parte dos usuários.
Como consequência direta deste comportamento, o volume de dados disponíveis na Web vem crescendo em quantidade exponencial. Para prover acesso a este grande volume de dados, mecanismos para busca de informações, amplamente utilizados hoje em dia, como Google, usam estratégias baseadas em busca por palavra-chave. Apesar de amplamente difundidas e utilizadas estas estratégias possuem sérios problemas como:
Alta sensibilidade à sintaxe e pouca precisão: os mecanismos de busca não levam em consideração a semântica do domínio, e isto pode causar o retorno de inúmeras ocorrências irrelevantes. Dessa forma, as ocorrências relevantes recuperadas geralmente são acompanhadas de milhares de outras ocorrências com pouca ou nenhuma relevância.
Organização ineficiente dos dados: informações e recursos relevantes podem não estar relacionados e, em consequência, aparecerão separadamente no resultado da consulta. Isto pode exigir do usuário várias consultas extras e uma triagem manual dos documentos resultantes. Diante deste cenário, surgiu a ideia da Web Semântica, que tem como um dos seus principais objetivos prover meios para organizar os dados e permitir que estes possam ser interpretados pelos computadores. Dessa forma será possível melhorar os resultados das buscas e facilitar a automação de tarefas relevantes, evitando, sempre que possível, o desperdício de tempo e fazendo com que tanto os dados quanto as máquinas sejam utilizados de forma mais inteligente.
Em 2001, Berners-Lee definiu o conceito de Web Semântica bem como uma possível arquitetura para aplicações sob o mesmo contexto. A arquitetura passou por várias modificações e a sua configuração atual é ilustrada na
Figura 1.
Figura 1. Arquitetura