apagão energético
Então, a implicação lógica dessa dependência acarretaria em nossa sociedade uma preocupação na economia de água, para que não houvesse mais riscos de apagões, certo? Errado! Não estamos sendo inteligentes em tal questão. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seus estudos sobre a pós-modernidade, relata a fluidez constante nas ações dos indivíduos. Atos altruístas, gradativamente, cedem lugar aos novos indivíduos misantropos. Somos chamados, pelo estudioso, de sociedade líquida. Portanto, o paradoxo entre não preservar um recurso essencial ao nosso cotidiano tem causas sociológicas que vão além das fronteiras nacionais: toda uma sociedade pós-moderna vive esse processo de pensamento individualista.
No entanto, há um problema imediato, de origem mais simples, ainda maior: o abismo de informação acerca do funcionamento de nossa principal matriz energética. Essa objeção tem como causa a falta de incentivos, por órgãos públicos, para alertar a população sobre a real situação das hidrelétricas nos meios de comunicação em massa - concessões do governo federal. Acontecimentos de tais proporções não devem ficar restritos aos jornais cujo público-alvo alcança somente a minoria de nossa sociedade. Para obtermos sucesso ao propagar a conscientização de água, devem ser estimulada propagandas, com parceria entre o aparelho governamental e empresas de comunicação, nas redes sociais e nos diversos canais da televisão. Afinal, leitor, o poder da propaganda não deve ser restrito somente