Análise a texto de Adriano Parreira e P. Lovejoy
Adriano Parreira
Em Angola, séc. XVII da construção ideológica do conceito de agricultura de subsistência, Adriano Parreira, começa por esclarecer toda a problemática da mão-deobra, a influência dos factores impostos pelo meio ambiente e os condicionalismos naturais, assim bem como os dinamismos que se estabelecem entre a produção e a sociedade, através das trocas e dos excedentes. Deste modo, compreendemos que os principais objectivos do autor quanto a este texto são: primeiramente, a desconstrução total do conceito de subsistência, a explicitação da problemática do sistema produtivo agrícola e, por último, mas não menos importante, a relação que se estabelece entre as economias desenvolvidas e subdesenvolvidas.
À medida que o texto se vai desenvolvendo são citados diversos historiadores dos quais se destacam por exemplo, William G. L. Randles, que surge por ter abordado a problemática agrícola do Congo. No entanto, é fortemente criticado por Parreira, não só por ter interpretado literalmente a obra de Galeotto Cavazzi – apesar das suas missões capuchinhas em África, a verdade é que Cavazzi nunca esteve no Reino do
Congo e, portanto, a obra Istorica Descrizione resume-se a meras descrições obtidas de testemunhos e, essencialmente, de informações recolhidas pelo próprio acerca da
natureza local do Reino do Congo. Posto isto, faz todo o sentido que Adriano Parreira reprove teorias formuladas com base na obra referida -, bem como por se ter servido da mesma como suporte para expor o conceito de agricultura de subsistência sob uma perspectiva extremamente ocidental, a fim de justificar a aparente fraca produtividade agrícola do povo congolês e a sua preguiça. Para além de Randles, também Jonh
Thornton é enunciado por ter tentado explicar de que a fraca produtividade agrícola, no
Congo, estaria intimamente relacionada com a