Análise sobre o filme reine sobre mim
O 11 de setembro deixou marcas em muitas pessoas no mundo. Todos os olhares e como esse fenômeno foi visto evidência de que forma vemos e o que isso realmente produz
Nesta produção assistimos ao filme “Reine sobre mim”. Refletimos acerca de aspectos teóricos e metodológicos referentes as patologias confirmadas em duas personagens da trama. Charlie emocionalmente perturbado, perdeu sua mulher e três filhas na grande explosão. Alan, por sua vez é um profissional bem-sucedido com família que vivencia o conforto e a estabilidade econômica.
O filme confirma a prioridade da relação com o outro, o que nos constitui enquanto sujeito. O aspecto relacional dessas duas vidas adquire papel determinante no desenvolvimento saudável ou patológico. O modo de existir de cada qual e sua interação com seu ambiente em determinado momento da vida é o significante que eles constroem de si e do mundo.
Heidegger focaliza sua atenção na questão do ser humano em particular. Charlie vive um mundo à parte sem envolvimento com o mundo real. A escuta desse tipo de pessoa proporciona um “deixar” que o fenômeno ocorrido fale por si mesmo sem necessariamente, encaixá-lo de imediato a qualquer teoria prévia. Estados mentais como no caso de Charlie não acontece apenas dentro da cabeça dele, mas sim numa relação íntima com o mundo fora. Podemos dizer que é o mundo refletido na persona.
No caso de Alan toda vivência é uma forma de relação que o sujeito estabelece com os diversos objetos que formam seu mundo. Quando o pai dele se reportou dizendo que não suportava aquela cidade, que não sabia por que ele tinha mudado com eles pra lá, ficou claro a questão da possibilidade que o mesmo teve de escolher, optar. Neste sentido, pelo foco do existencialismo a personificação da liberdade ficou evidente. Porém o mesmo sentia-se preso submetido passivamente a determinismos que o acomodava naquela situação. Muitas pessoas agem assim, mas essa sujeição é também uma