Análise semiótica Sherek 2
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A narrativa cinematográfica, independente de seu gênero, guarda dentro de si uma estrutura básica conhecida como Curva Dramática. Essa estrutura corresponde, a grosso modo ao modelo proposto por Pierce de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade, como pode ser visto no paralelo traçado no quadro abaixo:Primeiridade
Exposição
Secundidade
Desenvolvimento
Terceiridade
Conclusão
Estes três processos básicos incluem desde o início da história de um filme até a finalização e o “felizes para sempre”.
A exposição corresponde a primeiridade, é um período transitório que obrigatoriamente leva á secundidade (desenvolvimento). Trata-se exatamente da exposição do conflito ao herói em sua trama, o sentimento inicial sobre algo que o tira de sua comodidade, o estopim para a ação.
A secundidade é a parte de maior destaque, tomando também maior parte dos filmes. Trata-se da ação propriamente dita, do herói lutando conta seus monstros, é onde pouco antes da conclusão, se estabelece o clímax da trama.
A Terceiridade é a resolução do conflito, no filme, a conclusão. Onde tudo se acalma de novo para retornar á primeiridade.
Vale lembrar que costumam existir mais de um conflito, vários plots e subplots e a todos eles seguem esse modelo, paralelos ao conflito principal.
Tudo isso também é observável no roteiro de Shrek 2, onde, após a lua de mel – o primeiro felizes para sempre - o Ogro se vê afrontado por precisar ir à Tão Tão Distante, conhecer seus sogros e conseguir aprovação dos dois e do reino. Esse evento o leva à secundidade, retira Shrek e Fiona do Pântano onde moram para passar por outros dilemas, como o encontro com o Gato de Botas, obstinado a matar Shrek; a revelação de Fiona à seus pais sobre sua condição de ogra; a poção que pode transformá-los para sempre, entre outros acontecimentos que prolongam a secundidade, até que por final tudo volta ao normal, os conflitos são resolvidos e o casal caminha para o final feliz outra vez (Conclusão) que os leva à