Análise poemo sol e povo
O Sol e o Povo
O sol, do espaço Briaréu gigante,
P’ra escalar a montanha do infinito,
Banha em sangue as campinas do levante.
Então em meio dos Saarás — o Egito
Humilde curva a fronte e um grito errante
Vai despertar a Esfinge de granito.
O povo é como o sol! Da treva escura
Rompe um dia co’a destra iluminada,
Como o Lázaro, estala a sepultura!...
Oh! temei-vos da turba esfarrapada,
Que salva o berço à geração futura,
Que vinga a campa à geração passada
* Para Castro Alves, cujas obras são inseridas no terceiro ciclo do romantismo, a noção de povo está relacionada diretamente aos oprimidos, aos escravos, utilizava a palavra povo como no próprio título do poema, referindo-se aos oprimidos, aos escravos, como se, em algum momento, esse povo pudesse, reconhecendo sua força, alcançando a própria liberdade gerir, por si mesmo, sua existência..Castro Alves nesta poesia fala da possibilidade do povo se vingar.
1ª ESTROFE:
O sol, do espaço Briaréu gigante,
P’ra escalar a montanha do infinito,
Banha em sangue as campinas do levante.
Ele retrata justamente a luta desse povo, e o caminho que tiveram que percorrer, um caminho de sangue, no poema ele refere-se esse caminho como sendo “a montanha do infinito” e a luta como “Banha em sangue as campinas do levante”.
2ª ESTROFE:
(...) o Egito
Humilde curva a fronte e um grito errante
Vai despertar a Esfinge de granito. (ALVES, 1986, 228)
O poema cita... a força do povo que possui como arma o grito, o alerta que desperta a esfinge fria representante dos maus reis.
3ª ESTROFE:
O povo é como o sol! Da treva escura
Rompe um dia co’a destra iluminada,
Como o Lázaro, estala a sepultura!...
O povo é brilhante como o sol, é bravo e oponente como o sol. Compara os escravos com o sol que ao amanhecer acaba com a escuridão e quando ele se refere a Lázaro ele ta falando do Lazaro da bíblia que mesmo considerado morto ressurgiu da sepultura. A possibilidade