Análise Manuel Carneiro de Sousa Bandeira filho
Veio para o Rio de janeiro devido a profissão de seu pai (eng. Civil).
Pode ser considerado o mais lírico dos poetas, aborda temáticas cotidianas. Poemas se tornaram manifestos da poesia moderna. Mas suas origens são as poesias parnasianas.
Na sua obra, pode-se notar uma certa melancolia associada a um sentimento de angústia, em que procura de alguma forma de sentir a alegria de viver. (“Cinza das horas” ) (“Carnaval).
Analisar o poema “Os sapo” que foi utilizado no início da Semana da Arte Moderna. Esta foi formada por um grupo de artistas que queriam abandonar os valores parnasianos e que a arte brasileira não buscasse modelos estrangeiros, e sim valorizasse a própria cultura brasileira. Com o objetivo de provocar o parnasianismo, foi feita a leitura do poema “Os sapos” de Manual Bandeira. Análise:
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si