Análise Literária de "O Auto da Compadecida"
Nascido em João Pessoa, capital da Paraíba, no dia 16 de junho de 1927, Ariano Vilar Suassuna é um importante escritor de dramas, romances e poesias. Atualmente ele é secretário de assessoria ao governador de Pernambuco. Seu pai, João Suassuna, foi um político brasileiro, governador da Paraíba entre 1924 e 1928, que, com a Revolução de 1930, foi assassinado no Rio de Janeiro por motivos políticos. Com isso, Ariano e sua família se mudaram para Taperoá, Paraíba, onde ele começou a estudar. Terminou o ensino secundário no Recife, capital de Pernambuco, onde fez Faculdade de Direito. Ele é membro das Academias Brasileira, Pernambucana e Paraibana de Letras. Suassuna é defensor da cultura nordestina, por isso suas obras, dentre as quais se destaca o Auto da Compadecida, são influenciadas por ela e se passam no Nordeste. Ele faz parte da escola literária modernista.
O modernismo brasileiro teve seu início com a Semana de Arte Moderna, que ocorreu em 1922 em São Paulo. Graças a esse movimento, a cultura brasileira passou a ser o foco das obras de arte. Podemos observar isso nos livros de Suassuna, que tinham como tema a cultura nordestina. Ele faz parte da terceira geração modernista, que tinha como influência a ascensão e a queda do Populismo, a Ditadura Militar, o fim da Era Vargas e o contexto de Guerra Fria.
Auto da Compadecida é uma peça teatral, em forma de auto. Ela é dividida em três atos: o primeiro é sobre o enterro do cachorro da mulher do padeiro; no segundo chega o cangaceiro Severino e mata quase todos; e no terceiro ocorre o julgamento dos que morreram.
A obra tem início com Chicó e João Grilo tentando benzer o cachorro, que estava doente, de seu patrão, o padeiro da cidade, e da mulher dele. Inicialmente, o padre se recusa a benzer, mas quando os dois mentem dizendo que o animal é do Major Antônio Morais, o padre aceita. Chicó e João Grilo saem da igreja, e quando vêem que Antônio Morais estava chegando lá, pois