Análise Impressionista do Conto "O Poço e o Pêndulo"
Camila Maria Fagundes de Lima1
Edgar Allan Poe nasceu em Boston, em Janeiro de 1809. Foi autor, poeta, editor e crítico literário. Poe foi o primeiro escritor americano a tentar ganhar a vida através da escrita, resultando em uma carreira financeiramente difícil. Seus temas, geralmente, tratam de questões como a morte, incluindo os sinais físicos, os efeitos da decomposição, a reanimação dos mortos e o luto. Seu conto “O Poço e o Pêndulo” foi publicado em 1842 e fala sobre um indivíduo que se vê aprisionado por forças da Inquisição e, sozinho, é submetido à horripilante tortura psicológica. Escolhi este conto porque aprecio a maneira como Poe descreve o que se passa com a personagem, quais são seus pensamentos e tudo que ele está vivendo. É fácil imaginar, por exemplo, o pêndulo, descrito com detalhes.
Observei, então – tomado de um horror que bem se pode imaginar -, que a sua extremidade inferior era formada de uma lua crescente feita de aço brilhante, de cerca de um pé de comprimento de ponta a ponta. As pontas estavam voltadas para cima e o fio inferior era, evidentemente, afiado como uma navalha. Também como uma navalha, parecia pesada e maciça, alargando-se, desde o fio, numa estrutura larga e sólida. Presa a cela havia um grosso cano de cobre, e tudo isso assobiava, ao mover-se no ar. A melhor parte do conto, em minha opinião, é quando a lâmina do pêndulo já está quase alcançando o pobre homem porque, apesar do desespero, ele ainda consegue se acalmar o suficiente para raciocinar e perceber que os ratos poderiam roer a correia que o prendia e impedia de escapar do pêndulo. É desesperador quando, depois de tudo que já havia passado, ainda surgem as paredes de metal incandescente. Já no último parágrafo, quando as paredes recuam, é um grande alívio. O conto prendeu minha atenção do começo ao fim, porque todos os pensamentos e ações do personagem são descritos com riqueza de detalhes,