Análise Gráfica da Capa do disco Homogenic

1. Homogenic

Figura 9 – Capa do disco Homogenic (1997)
Fonte: http://patrishka.files.wordpress.com/2008/08/bjork_-_homogenic_album_cover.jpg

Gravado em El Madroñal, na Espanha, Homogenic foi para Björk como uma volta pra casa.
“Eu realmente estou buscando algo que seja islandês. E eu quero que este álbum seja mais sobre mim. Debut e Post são um pouco como os livros de Tin Tin. ‘Tin Tin vai para o Congo’. ‘Tin Tin vai para o Tibet’. Assim são todos esses sabores diferentes que são experimentados, os quais são muito excitantes, mas agora é como ‘Björk vai para casa’.” (GUDMUNDSDÓTTIR, Björk - 1997)

É na capa desse álbum que a figura exótica de Björk é, pela primeira vez, mais explorada e experimentada. Na capa podemos identificar, no meio da armadura étnica da cantora: uma pele de borracha, um quimono e maquiagem de gueixa, um acessório de pescoço típico da tribo africana Massai Mara e um penteado ritualístico mongol. Björk se mostra multicultural e futurista. Ela é vestida com referências atemporais e tradições culturais para mostrar o quanto o álbum é uma viagem, sobretudo, interna da artista. Até mesmo Björk disse que a viagem empreendida por ela na gravação desse disco não tinha sido geográfica.

1.1. Homogenic e a moda
Para a concepção da capa do álbum Homogenic Björk se juntou ao estilista Alexander McQueen (1969 – 2010) quando esse ainda trabalhava para Givenchy. Os dois se uniram para passar na imagem da capa a atmosfera fria e corajosa do disco.
“Quando fui á Alexander McQueen, eu expliquei para ele, que a pessoa que escreveu essas músicas - alguém que foi colocado em uma situação impossível, tão impossível que ela tinha de se tornar uma guerreira. Uma guerreira que teve que lutar não com armas, mas com amor.” (GUDMUNDSDÓTTIR, Björk - 1998)
A roupa usada por Björk foi feita por Alexander McQueen o conceito também foi pensando pelo estilista junto com a cantora e embora a capa pareça uma ilustração, Björk realmente estava lá para posar para a