Análise Filosófica do filme Megamente.

MEGAMENTE – Análise filosófica

Introdução

Durante nosso desenvolvimento, físico, mental e intelectual, deparamos com situações em que aparentamos ser meros recipientes de conteúdos diante do que se apresenta como certo, errado ou inevitável. De forma que somos recompensados ou punidos pelo nosso desempenho. Em nossa educação, formal ou informal, isso se repete, podemos ter a recompensa ou o castigo, a nota boa ou ruim, e mais adiante, o prêmio ou o desconto. Isso faz com que um aspecto importante de nosso aprendizado passe desapercebido: o de que além da recompensa “material”, há situações que nos fazem crescer intelectualmente e perceber que não somos meros receptáculos passivos, mas sim de que podemos interagir diante das novas experiências e ampliar a nossa visão de mundo tornando-nos indivíduos mais críticos e atentos. Quando se faz uma tarefa escolar, por exemplo, visamos primeiramente obter uma boa nota, mas esse exercício necessita do estudo, da experiência e da reflexão. Ou quando se assiste a um filme, pode-se simplesmente contemplar, mas pode-se também refletir, analisar, criticar, questionar. A animação Megamente oferece vários elementos para essa reflexão e que serão mencionados na análise. Análise

O cinema, em geral, proporciona o entretenimento do público utilizando-se de imagens, cores, elementos da realidade ou fantasiosos, que tornam agradável e confortável sua apreensão, atraindo espectadores diversos (faixas etárias, vivências, bagagem cultural, sexos, etc.). Além disso, possibilita a fuga do cotidiano e promove a reflexão sobre conteúdos e valores de uma época, uma vez que coloca questões que fazem parte da sociedade, como o preconceito, o surgimento de heróis, bandidos e mitos (geralmente todos criados pela própria sociedade), a relação entre o bem o mal ou entre o melhor ou pior. A animação Megamente, a primeira vista, parece destinar-se a um público infantil, mas observada atentamente, levanta algumas questões