Análise dos personagens - O Guarani
Dom Antônio de Mariz: fidalgo português, guerreiro, com características de um cavalheiro medieval. Defensor dos grandes valores da civilização como honra, justiça, lealdade e coragem. Fazia tudo por sua família, cuja defesa, ao lado da fidelidade à coroa portuguesa, considerava como sua principal missão. Lutou contra os franceses e fundou a cidade do Rio de Janeiro. Com domínio espanhol, retirou-se para o sertão, às margens do rio Paquequer. É o pai de Cecília.
Dona Lauriana: senhora paulistana e mulher de D. Antônio de Mariz. Tinha cerca de cinqüenta anos, era magra, forte e de cabelos pretos com alguns fios brancos. Possuía bom coração, mas era egoísta, orgulhosa e soberba, diferentemente do marido. Era ciosa de sua posição e zelosa das tradições.
Dom Diogo de Mariz: filho mais velho de D. Antônio, que passa seu tempo em aventuras e caçadas. É tratado com rigidez pelo pai, em nome da honra da família. É responsável pela morte acidental da índia que ocasiona o ataque dos Aimorés aos portugueses. Alem de sua irmã, é o único da família que se salva, ao ser enviado ao Rio de Janeiro em busca de socorro.
Cecília: filha de D. Antônio é uma moça linda, branca, estilo europeu, de corpo esbelto, cabelos loiros e ondulados, e de olhos azuis. Possuía gênio travesso, mas era meiga, pura, inocente, angelical, conservadora, romântica, sentimental e suave; é a perfeita heroína do Romantismo. Era como uma deusa desse pequeno mundo que iluminava com o seu sorriso. Herdeira da força moral interior de seu pai. Tinha Peri como seu “escravo”, o qual a chamava apenas de Ceci, e era amada por Loredano e Álvaro. Personagem-protagonista.
Isabel: boa parte do romance aparece como a prima de Ceci, criada por D. Antônio e sua esposa. Descobre-se mais tarde que é filha bastarda de D. Antônio com uma índia. Apaixonada por Álvaro é morena, sensual e de sorriso provocante.