Análise do texto os tropeços da razão
Entendo que o ponto de vista do autor tenha relação com a falta do devido embasamento científico em situações que o requerem, o que representa o que o autor descreve como sendo “um grotão sombrio no progresso”.
Vejamos, por exemplo, a política de implantação do sistema de Cotas para Negros no vestibular da Universidade de Brasília. Conforme o artigo “Tribunal Racial” (Anexo I), de Ricardo
Ventura Santos e Marcos Chor Maio, publicado no Jornal da Ciência, em 06 de dezembro de
2004, uma comissão da Universidade de Brasília é que certifica um candidato como sendo de fato da raça negra ou não avaliando critérios como cor da pele, tipo de cabelo, formato de nariz baseados unicamente em análise de fotos. Consequentemente, a universidade foi criticada pela
Academia Brasileira de Ciências pelo uso de critérios destituídos de qualquer base científica.
Ora, dado o avanço científico de que dispomos nos tempos de hoje, ainda insiste-se em utilizar métodos arcaicos, imprecisos e vagos de avaliação de critérios, que poderia ser feita, de forma mais justa e precisa, por evidências e conhecimento científico.
Prova da injustiça que a subjetividade provoca em causas que são, por natureza, objetivas, é o caso dos dois irmãos gêmeos que se candidataram às vagas referentes à cota racial da
Universidade de Brasília, em que um foi certificado pela comissão julgadora como sendo da raça negra e o outro não, apesar de serem idênticos.
Ainda, em um país com alta miscigenação de raças e um passado de escravidão como o nosso, provavelmente grande parte da população atual tem um percentual da raça negra em seu código genético.
Assim,