Análise do texto Em feira evangélica, negócios vão de capa para Bíblia a consórcio de igreja segundo princípios da Análise do Comportamento.
Para Skinner (1981), agências controladoras são criadas na tentativa de organizar a convivência entre indivíduos, já que estes não conseguem se organizar de maneira tão eficiente. As agências são responsáveis por manipular um conjunto particular de variáveis de maneira mais organizada do que o grupo como um todo e exerce certo controle ético sobre seus membros através de seu poder de reforçar ou punir. Sendo assim, tais agências podem controlar o comportamento das pessoas examinando e emitindo consequências para o comportamento de algumas maneiras: bom/mau, legal/ilegal (sistema de avaliação utilizado pelo Governo); bem/mal, pecado/virtude (Religião); bens materiais, ganhos/perdas (Economia); certo/errado (Educação e Psicoterapia) e estabelecendo certas contingências segundo a área de atuação (Martone e Banaco, 2005).
A partir dessa breve definição a respeito das agências controladoras, o presente trabalho tem como objetivo relacionar algumas das agências controladoras que estão atuando na reportagem da Folha de São Paulo - “Em feira evangélica, negócios vão de capa para Bíblia a consórcio de igreja” (2011). A reportagem fala a respeito da 10ª Expo Cristã, uma feira de negócios destinada aos evangélicos com a expectativa de movimentar um bilhão em novos negócios.
É possível visualizar através da reportagem três agências controladoras: Religião, Economia e Educação. Apesar de essas estarem atuando em conjunto, primeiramente será analisada a agência de controle religiosa. Como a própria reportagem relata, essas pessoas que frequentam essa feira fazem parte de um mesmo nicho, o religioso. Pode-se inferir que isso é possível devido às contingencias semelhantes de aprendizagem que são dispostas pela agência religiosa, como por exemplo, classificar o comportamento como “moral” ou “imoral”, “virtuoso” ou “pecaminoso”, tais