Análise do texto Convulsão Cromática de José Saramago
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ
CURSO DE Letra
MORGANA BARROS DA SILVA
CRISE DAS CERTEZAS ABSOLUTAS
Imperatriz
2013
MORGANA BARROS DA SILVA
CRISE DAS CERTEZAS ABSOLUTAS
Trabalho apresentado à disciplina de Teoria da Literatura: gênero épico do curso de Letras/Literatura da UEMA/CESI como requisito parcial para obtenção de nota.
Imperatriz
2013
CRISE DAS CERTEZAS ABSOLUTAS
O texto “Convulsão Cromática” de José Saramago transpõe para a arena acadêmica brasileira contemporânea a atônita descoberta tipificada na melancólica (sangra o semáforo) constatação de que a vida efetiva brota com seu peso máximo, dentro de um mundo petrificado em gestos e palavras herdadas e já esvaziadas de sentido, construímos ao lado da vida outra vida que completou por nos dominar, enterrando-se em um mundo de convenções, demarcada pela figura concreta do semáforo que materializa como próprio instrumento regulador das ações humanas a denúncia de que a atividade da condição humana está bloqueada, soterrada sob um mundo de fórmulas, hábitos, manias.
Consubstanciam-se as ações humanas amputadas de sua dimensão criadora e cerceada pelo fato de que o Homem vive desvinculado da verdadeira essência das realidades reduzido a mero repetidor de gestos e convenções herdadas.
A luz encarna a força de uma lei, proibido passar, permitido ficar. Oprimido pulsa o coração... Respeita o sinal, obediente, incapaz de uma nova rebeldia.
Consoante neste mundo provisório Norma Vetusto de Godói emerge como projeção da crise que marca a reavaliação do que fora estabelecido como indiscutível e o vigiar incansável das convenções que dirigem a vida humana. Ponderando a “vontade de irromper o limite branco da faixa” que transpõe do mero caráter concreto intitulado pela vida para buscar a atitude