Análise do livro "a morte e a morte de quincas berro d'água" - jorge amado
A linguagem utilizada é bem simples, atingindo pessoas de diferentes camadas sociais e abrangendo um vocabulário regionalizado, utilizando gírias, etc. Jorge Amado acaba fugindo do padrão de escrita mais rebuscado. Durante a trama, um narrador onisciente pessoal nos conta como pode uma só pessoa morrer três vezes, nos detalhando em terceira pessoa o sofrimento e os pensamentos dos personagens, como quem conhece todos os aspectos da história e de seus personagens, identificável no trecho abaixo:
”Nos bares, nos botequins, no balcão das vendas e armazéns, onde quer que se bebesse cachaça, imperou a tristeza e a consumação era por conta da perda irremediável.’’ . (AMADO, 2009, pág 50)
Joaquim Soares da Cunha foi funcionário público na Mesa de Rendas Estadual, bom pai e bom marido. Aos cinquenta anos de idade, levava uma vida respeitável, mas que considerava sufocante por ser cheia de formalidades, que para ele eram vazias e inúteis, o trabalho também não lhe satisfazia. Então resolve mudar de vez. Aposentou-se no serviço público e a partir daí largou família, respeito, conhecidos e amigos. Deixou de lado seus princípios, sua moral e caiu na jogatina, no alcoolismo, na malandragem. Trocou a vida familiar pela convivência com as prostitutas, os bêbados, os marinheiros, os jogadores e pequenos meliantes e contraventores da ralé de Salvador. O estopim foi o anuncio de noivado de sua filha Vanda com Leonardo Barreto, uma reprodução fiel do estilo de vida de Joaquim; a diferença é que o jovem está