Análise do filme A Maçã
O filme relata a história de duas irmãs gêmeas que viviam presas em sua própria casa. Tal fato aconteceu na periferia de Valisor, em Tehram, na década de 90 em pleno verão. As meninas eram mal alimentadas e eram proibidas de saírem na rua, não tinham contato com o mundo. O pai era um senhor desempregado e que seguia obedientemente ao alcorão, e que usava deste motivo para temer pela pureza de suas filhas. A mãe, uma senhora com deficiência visual e que sempre estava coberta pelo véu, era conivente com o marido.
Esse aprisionamento e essa exclusão da sociedade trouxeram varias consequências às meninas. Tiveram prejuízo na aquisição da linguagem, pois apenas balbuciavam e pronunciavam algumas palavras com muita dificuldade e pouca clareza. Tinham dificuldades motoras, principalmente ao andar. Mesmo quando foram libertas retornavam depressa para a casa, pois por serem antissociais não sabiam como agir perante outras pessoas.
Os vizinhos já revoltados com a situação se reuniram e fizeram um abaixo assinado denunciando a família para uma assistente social. Depois de visitas e a ajuda da assistente, as meninas começaram a conhecer o mundo, receberam um espelho o qual fez com que reconhecessem sua própria imagem. Provaram também uma maçã, o que foi a grande motivadora da libertação das meninas. Iniciaram o convívio social, discretamente, depois de verem um garoto puxando uma maçã. A partir daí saíram às ruas, conheceram pessoas e até brincavam com outras crianças.
A maçã entra em cena várias vezes e de certa forma simboliza uma libertação, pode ser relacionada com o fruto proibido que uma vez provado faça com que o desejo de ter ele novamente seja mais e mais alto.
Esse filme nos mostra uma reflexão sobre teorias de estudiosos quanto à perspectivas de aquisição da linguagem.
De acordo com a teoria de Vygotsky podemos perceber o quão é importante