Análise do filme radio days
Assim como atualmente é a internet que domina os meios de comunicação, nas décadas de 30 e 40 era o rádio que tinha esse papel. O filme Radio Days mostra isso claramente, sendo uma homenagem de Woody Allen para a época gloriosa dos programas radiofônicos.
O filme se passa em dois ambientes diferentes. Um é o subúrbio americano Rockaway, onde famílias de classe média vivem juntas em torno do rádio. O outro é o cenário glamoroso de Manhattan, com seus atores e cantores de rádio.
Radio Days pode ser considerado como um resumo dos melhores momentos do rádio nos Estados Unidos. O protagonista é um menino de 7 anos chamado Joe. Ele pertence ao cenário de classe média do filme, sendo membro de uma família numerosa. Já adulto, ele narra as histórias da sua infância.
Woody Allen conseguiu mostrar, ao mesmo tempo, como o rádio influenciava a vida de todos e como funcionava o show business radiofônico. No cenário suburbano, cada membro da família tinha um programa de rádio favorito. De programas musicais até radionovelas, a variedade era tão grande quanto é hoje a programação televisiva. Até o pequeno Joe tinha o seu predileto. Muitas vezes a família inteira se reunia em torno do rádio para confraternizar e se divertir juntos.
Já em Manhattan, é curioso perceber que o que mais valia era a voz do artista, e não sua aparência. Um ator de radionovela poderia se passar por galã, mas na verdade ser um homem franzino e desinteressante. Esse fato revela o poder de imaginação que o rádio tinha. Por não possuir imagem, o ouvinte era estimulado a imaginar tudo que ouvia. Talvez por isso que o rádio tenha essa áurea gloriosa na sua melhor época.
Outro aspecto explorado no filme é a cobertura jornalística do rádio. Assim como no rádio brasileiro, vários acontecimentos históricos foram transmitidos ao vivo graças a esse meio de comunicação. O longa mostra como o rádio cobriu o ataque a Pearl Harbor, dando informações em tempo real