Análise do filme "quase deuses"
O filme “Quase deuses”, trata de um assunto extremamente polêmico, tanto para época em que se passa a história quanto para o momento atual, que envolve ciência, religião e ética. Num dado momento da história da humanidade em que ninguém quebraria as regras e ousaria ultrapassar qualquer fronteira entre ciência e religião o Dr. Alfred Blalock e Vivien Thomas foram além dos limites impostos pela sociedade em busca de encontrar a cura para doenças cardíacas. No filme “Quase deuses” é perceptível a influência do pensamento religioso chegando ficar clara a ideia do dogma acima da vida. A ideia de não tocar naquilo que Deus criou, ou ainda o pensamento de que se uma pessoa e está doente e não encontra a cura é porque essa é a vontade de Deus, esses pensamentos persistiam e muitas vezes intervinham –às vezes interveem- no processo do desenvolvimento de uma pesquisa para encontrar a cura de uma determinada doença, como é o caso das doenças cardíacas. Sabe-se que qualquer pesquisa na área científica, mais especificamente na medicina, envolve muito a questão ético-religiosa, pois muitas dessas pesquisas utilizam animais vivos, como é mostrado no filme, ou como atualmente se vê a utilização de células tronco. No entanto, na época em que se passa a história do filme os questionamentos ético-religiosos eram mais dominantes e atuantes do que a própria medicina. É visível no longa-metragem o quanto é difícil passar por cima desses questionamentos e ultrapassar os limites impostos pelo pensamento social da época quanto pela própria medicina, pois até então acreditava-se que era impossível operar o coração. A trama, baseada em fatos reais, fala também da questão racial, do preconceito e da discriminação, pois é uma época em que os negros não tinham lugar nenhum na sociedade, nem mesmo o direito de andar no mesmo ônibus que os brancos, e sendo Vivian um afro-americano sem curso de medicina. Além das questões éticas, religiosas e