Análise do Filme obrigada por fumar
O filme “Obrigado por fumar”, de Jason Reitman, relata a saga do lobby Nick Naylor (Aaron Eckhart), que ganha a vida defendendo as indústrias do cigarro. Na busca por melhorar a imagem da indústria do tabaco, o lobista manipula informações, de forma a diminuir os riscos do produto e influenciar políticas de governo em favor dessas empresas.
O poder argumentativo de Nick atraia a atenção não só dos principais chefes da indústria do tabaco, mas também de Heather Holloway, a repórter de um jornal de Washington que deseja investigá-lo e que usa de meios “escusos” para conseguir seus objetivos. Momento único no filme em que seu profissionalismo pode ser questionado.
A trama aborda ainda a relação conflituosa entre Nick e um senador, que deseja colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros e com essa atitude desesperada, tenta prejudicar os negócios bilionários das indústrias de tabaco. Nick conta com a ajuda de um poderoso agente de Hollywood, para fazer com que o cigarro seja promovido nos filmes.
Em todos os conflitos apresentados pelo filme, o personagem utilizando o seu poder de argumentação e persuasão, passa de vilão para herói. Faz a audiência torcer por ele, pelo carisma e habilidade de conversar e convencer. Nick justifica suas ações com a necessidade de pagar sua hipoteca.
O filme propicia uma reflexão sobre a conduta do profissional e sua relação com a organização para qual desenvolve alguma atividade.. O “assessor deve ter a confiança de todos os gestores, e tomar decisões sobre os melhores passos a serem seguidos em nome da boa imagem da empresa”. Nick não importa com os danos que suas ações podem causar a sociedade, atua em prol da organização sem se preocupar com ética e valores. Para o personagem acima de qualquer valor ético e moral estão os interesses profissionais. Essa afirmação fica clara quando Nick leva um presente para o homem Marlboro. O presente, uma mala cheia de dinheiro, na verdade,