Análise do Conto "A CAUSA SECRETA"
Conto “A causa secreta” de Machado de Assis
Professor: Carlos
Acadêmico: Frank Júnior Barbosa Silva
Curso de Letras – Português /Inglês
Goiânia
2013
Um conto é uma narrativa curta. Não faz rodeios: vai direto ao assunto. No conto tudo importa: cada palavra é uma pista. É uma descrição, informações valiosas; cada adjetivo é insubstituível; cada vírgula, cada ponto, cada espaço – tudo está cheio de significado. Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso. Na obra “A causa secreta” de Machado de Assis presenciamos tais características quando por exemplo a seguinte passagem já instiga ao leitor algo que desperta nele uma curiosidade e questionamentos: “Tinham falado também de outra coisa, além daquelas três, coisa tão feia e grave, que não lhes deixou muito gosto para tratar do dia, do bairro e da casa de saúde. Toda a conversação a este respeito foi constrangida. Agora mesmo, os dedos de Maria Luísa parecem ainda trêmulos, ao passo que há no rosto de Garcia uma expressão de severidade, que lhe não é habitual.”.
O conceito faz referência a uma narrativa breve e fictícia. A sua especificidade não pode ser fixada com exatidão, pelo que a diferença entre um conto extenso e uma novela é difícil de determinar. Um conto apresenta um grupo reduzido de personagens e um argumento não demasiado complexo, uma vez que entre as suas características aparece a economia de recursos narrativos. É possível distinguir entre dois grandes tipos de contos: o conto popular e o conto literário. O conto popular tende a estar associado às narrativas tradicionais que são transmitidas de geração em geração, oralmente (de “boca em boca”). Podem existir várias