Análise do artigo “Thomas Hobbes: a necessidade da criação do Estado”, de Jecson Girão Lopes

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O artigo de Jecson Girão Lopes, publicado na Revista de Filosofia em dezembro de 2012, traz a proposta de elucidar dentro da teoria de Thomas Hobbes a necessidade de criação do Estado. Para tanto, o autor se baseia especialmente em duas importantes obras do filosofo: “Sobre o cidadão” e “Leviatã”.
Hobbes afirma em sua teoria que o homem, antes de entrar no Estado Social, vive em um Estado de Natureza e que esse Estado de Natureza condiciona aos homens uma condição de constante guerra. Tal condição é gerada porque no Estado de Natureza tudo é bem de todos e todos têm direito a tudo. Porém, como não há leis nem normas, todos têm direito a querer a mesma coisa, ao mesmo tempo, no mesmo lugar e utilizar de sua própria força para defender seus interesses individuais – o que explica a origem de tal condição de guerra.
Há, porém, nos homens, para além de sua Liberdade característica do Estado de Natureza, um interesse comum entre esses homens que são iguais e livres: o de acabar com a já mencionada “condição de guerra”. Tal feito só poderia ser atingido, segundo Thomas Hobbes (e nisso está a principal particularidade do autor, em comparação aos outros contratualistas) através da entrega do poder e liberdade dos indivíduos a um soberano, um Leviatã. Só então um Estado poderia viver em harmonia e em paz, tornando-se um estado social.
Assim sendo, compreende-se que os seres individuais desse “Estado Social” , “mediante pactos recíprocos” – usando as palavras do próprio Hobbes - aceitaram abrir mão de sua liberdade e poder e as deixaram sob gerenciamento de um soberano que se compromete em usar sua liberdade e poder ilimitados para prover segurança e paz para os súditos. Estes continuam tendo o direito à vida e á auto-defesa, segundo o artigo de smdaj.
É absolutamente necessário comentar a magnitude da teoria de Thomas Hobbes. De como certamente contribuiu para a obra “Do Contrato Social” de Rousseau, de como claramente influenciou o pensamento de John Locke.

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