Análise de "O enigma de Kaspar Hauser"
Kaspar Hauser aparece em Nuremberg por volta de 1828,com uma carta em mãos sem referências,dirigida ao capitão da cavalaria.
Jovem e tendo vivido a maior parte de sua vida enclausurado numa torre. As únicas duas frases que conhece:"Cavalo" e "Quero me tornar cavaleiro como meu pai",lhe foram ensinadas pelo homem que o enclausurou e cuja identidade permanece um mistério.
Ao obter contato com o mundo além da torre, a natureza,a sociedade, a lógica, a música,a linguagem, tudo é incompreensível e desproporcional para Kaspar que permanece perplexo e apático por não conseguir entender o modo como as coisas do mundo se dispõe e se organizam.
Ele mescla sonho com realidade e as imagens incorporadas a sua mente, provavelmente em sua infância antes do isolamento, misturam-se causando-lhe confusão.
A sociedade logo de início o classifica como uma espécie de selvagem para depois associar sua falta de fala e modos fora do "normal" com problemas mentais ou psicológicos e tem uma atitude burocrática com relação a ele, usando de um positivismo jurídico que não cabia ao caso, não executando uma análise de situação em especial. Kaspar passou somente por parte da socialização primária ; reproduzia alguns sons por imitação, repetia as frases sem compreender seu real sentido e fazia o que lhe era imposto.
Porém não houve uma interiorização de valores já que não lhe foi permitido convivência o suficiente para absorver os papéis da vida social, e parte dessa interiorização se dá por meio da identificação e das experiências com o mundo;elementos primordiais para os processos de socialização e aprendizagem.
Quando ele demonstra dúvidas sobre a importância da mulher em razão de vê-las o tempo todo