Análise de poemas de mário quintana e florbela espanca
Curso: Letras (Português/Inglês)
Disciplina: Literatura Portuguesa e Brasileira I
Profª: J. B. S.
Semestre: 3º (2011/1)
Data: 31/05/2011
Análises de composições dos poetas Mário Quintana e Florbela Espanca
Este ensaio apresenta uma análise de composições do poeta Mário Quintana e da poetisa Florbela Espanca. O objetivo é evidenciar o amor nos poemas “De repente” e “Canção para uma valsa lenta” (de Quintana) e “O meu desejo” e “Eu” (de Espanca), de forma a destacar suas sutilezas e seus abismos, bem como detectar a presença da saudade e melancolia.
Uma das razões que influenciaram na escolha de poetas tão distintos entre si (embora a sensibilidade de ambos seja uma grande semelhança) foi essa “curiosidade” em descrever poemas de poetas tão diferentes (apesar ainda de ambos terem trabalhado como jornalistas e tradutores). Mário Quintana, brasileiro, morreu aos 87 anos em uma cama de hospital, nunca viveu de fato um amor e, entretanto, “sonhou-os” como ninguém; teve duas grandes paixões platônicas assumidas em versos (Cecília Meireles e Bruna Lombardi). Florbela Espanca, portuguesa, morreu no dia em que completava 36 anos (não resistindo à terceira tentativa de suicídio), casou-se por diversas vezes (o que, naquela época, rendeu-lhe “rótulos” ofensivos); e, mesmo, aparentemente, tendo amado tanto, parece ter sofrido com algo de que não podia livrar-se, uma tristeza que não conseguia “expulsar” dela.
As estruturas dos poemas apresentam-se visivelmente diferentes, pois Quintana pertence ao modernismo brasileiro; Espanca, por outro lado, não prende-se a nenhum movimento literário em especial, aproximando-se mais do neorromantismo (predominantemente europeu). Estilos bem diferentes, apesar de esses poetas terem sido contemporâneos (possuíam apenas 12 anos de diferença). Então, como correlacioná-los?
Nota-se o quão interessante é observar como ambos os poetas podem expressar, em alguns momentos, o mesmo sentimento,