Análise de como o espaço geográfico serviu como base para o desenvolvimento cafeeiro na transição pós-período escravocrata.
Analisando o capitulo 1 do livro “O cativeiro da Terra” de José de Souza Martins, é possível observar que a produção de café após ter sido abolida a escravidão, tendo como foco o estado de São Paulo, tomou um rumo diferente, já que antes da abolição o escravo tinha um grande valor. Porém, com as políticas abolicionistas e a consolidação do fim da escravatura, houve uma grande inversão nesse contexto, fazendo com que, como o autor explica, “A renda capitalizada no escravo transformava-se em renda territorial capitalizada”, ou seja, passou a ser valorizada a terra.
Para ficar mais claro essa questão, segue dois trechos do autor: “Claro está que esse processo não representou uma simples inversão, mera substituição da renda capitalizada no escravo pela renda capitalizada na terra. Ao contrário, ocorre aí uma transformação historicamente decisiva. O trabalho libertado da condição de renda capitalizada, deixa de ser componente do capital para contrapor-se objetivamente ao capital. Nesse processo, ao libertar o trabalhador, o capital se liberta a si mesmo.”
“Já quando o capital se transfigura em renda territorial capitalizada, a ênfase do empreendimento econômico do café passa a ser a formação da fazenda, pois o seu valor de mercado estará nos frutos que pode produzir, no trabalho materializado nas plantações.”
Observa-se então nesse contexto, que os fazendeiros começaram a buscar as regiões férteis que tem em grande proporção nos territórios paulistas, ficando claro que em São Paulo o espaço geográfico contribuiu muito para o desenvolvimento cafeeiro. Assim grandes investimentos econômicos ficaram voltados para a formação de fazendas para as plantações, e também cada vez mais fazendeiros se deslocavam para terras férteis.
A partir da análise do autor, Pode-se então enfatizar a grande mudança ocorrida no sudeste do Brasil (mais enfaticamente