Análise de 'O continente II'
NOME: ALINA NUNES E CAMILA OLIVEIRA
TURMA: 232
Prof. MS. SAMUEL ALBUQUERQUE MACIEL
Pelotas, 19 de setembro de 2013.
Nascido em Cruz Alta, interior do Rio Grande do Sul, em 1905, foi nos anos 30 do século passado que o nome de Érico Veríssimo começou a figurar como sinônimo de literatura brasileira. Depois de romances que, no Brasil e no exterior, revelaram nele um grande talento de narrador foi ele de tal maneira se apoderando, gradualmente, de todos os segredos inerentes à escrita, que se preparou para chegar, em "O tempo e o vento", à posição de grande romancista de um século. A revolução assista de 1923 é motivo para algumas das melhores páginas da obra triunfal do autor.
Nele, mais do que o drama de pessoas, mais do que a história de uma família, o que narra é a tragédia da formação de uma terra, de uma cidade, um país, num levantamento da permanência de um espírito capaz de criar raízes e superar vidas individuais. Nele se concentram 200 anos da história do Brasil (de 1745 a 1945), em que, aliada à utilidade ou inutilidade das coisas, o autor se fixa na grandeza de existir e de agir.
Com a mudança para Porto Alegre em 1931, o autor se torna o representante gaúcho do chamado regionalismo modernista. Parte de seus romances retrata a vida urbana provinciana de Porto Alegre, a crise da sociedade moderna, cuja nota marcante é a falta de solidariedade e o cotidiano caótico. Esses primeiros romances serão os responsáveis pela popularidade alcançada pelo autor que, segundo aos críticos, pode ser comparado, em termos de aceitação pública, a Jorge Amado.