Análise da música: pra não dizer que não falei das flores

1282 palavras 6 páginas
CONTEXTO HISTÓRICO O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu provisoriamente o cargo de João Goulart, quando este foi afastado do cargo de presidente do Brasil, no golpe de 31 de março de 1964. Dois dias antes de o Marechal Castelo Branco assumir a presidência, foi instaurado o primeiro “Ato Institucional”, mais conhecido como AI-1. Ainda presidente, Castelo Branco adotou os Atos Institucionais como arma de repressão aos opositores. O AI-5, promulgado em 13 de dezembro de 1968, foi o mais rígido de todos, levando a cassação de mandatos, fechamento do Congresso Nacional, suspensão de eleições, reabertura do AI-1, proibição de greves, permissão de tortura, de invasão a domicílio e prisões arbitrárias, entre outros, implantou a censura. Os anos entre 1968-1975 foram chamados de “Anos de Chumbo”, devido a grande repressão sofrida pela população, cujas leis eram regidas pelo ‘AI-5’. Neste período, o Estado permitiu que o Exército e a polícia militar contivessem revoltas da população mesmo que para isso precisassem fazer uso de violência explícita. A população temia a repressão, que consistia em prisões, torturas, podendo levar a morte, e possivelmente o exílio, entretanto, o final dos anos 60, representa um período de motivação para lutas de um povo esperançoso, idealizando e acreditando no fim da ditadura. O ano de 1968 é marcado pelo início das fortes revoltas, como as guerrilhas. Por exemplo, no Rio de Janeiro, em 29 de março, houve um protesto de 50 mil pessoas, e em 12 de outubro foi metralhado o Capitão do Exército dos EUA enviado ao Brasil para ensinar "técnicas de interrogatório" aos órgãos de repressão, Charles Rodney Chandler. Era função do órgão denominado Conselho Superior de Censura controlar as publicações de artistas, o que acabou por asfixiar a cultura brasileira, levando ao exílio artistas como Caetano Veloso, Geraldo Vandré e Chico Buarque. A decadência do governo ditatorial iniciou-se pelo crescimento da oposição, a

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